A terceira temporada de Outlander chegou depois de uma pausa quase interminável (14 meses, para ser mais exata) e além da ansiedade causada por tanto tempo de espera, os fãs também esperavam pelo reencontro de Claire e Jamie depois de 20 anos separados não só por um oceano, como também por épocas diferentes.
Tanta coisa aconteceu nesse terceiro ano da série que está até difícil de conseguir escrever essa review, mas vou começar pelo que já está se tornando uma tradição em Outlander, que é transformar cada temporada em uma coisa única, cada uma com elementos, personagens e cenários novos, e essa temporada cumpriu isso com maestria.
A primeira novidade dessa temporada é que diferente das outras vezes em que o casal foi separado (e foram muitas vezes), eles não estavam procurando um pelo outro, mas sim convencidos de que nunca mais se veriam, por isso passamos 5 episódios vendo tudo que aconteceu com nosso querido casal nessas duas décadas, e no final descobrimos que não importa o que apareça no caminho deles, o amor dos dois é mais forte que tudo e acaba juntando o casal de novo, mesmo contra todas as probabilidades.
Na questão de novos cenários, tivemos Boston, aonde Claire finalmente teve uma casa aonde colocar um vaso de flor, e a Jamaica (que na verdade foi gravado na África do Sul), que trouxe não só um ar tropical para a série, como também nos mostrou que existe outro portal do tempo, além de Craig na Dun.
Aliás, falando em viagem no tempo, começamos a entender melhor sobre isso. Está óbvio que pedras preciosas tem um papel importante no processo, já que estudos feitos pela Brianna, Roger e até Geillis comentam sobre elas e a Claire confirmou que todas as vezes que passou pelas pedras, uma pedra sumiu de algum dos seus adereços.
Uma dúvida fica no ar quando se junta a cena da caverna no último episódio, com aquela da Claire analisando um esqueleto no hospital nos anos 60: Será que a memória de uma viajante do tempo guarda as informações em ordem cronológica, mesmo que na prática aquilo ainda não tenha acontecido? Eu sei, viagens no tempo podem ser meio confusas, mas a questão é: Para a linha do tempo chegar no final dos anos 1960, ela teve que passar pelo século XVIII, portando a Claire saber que aquele crânio tinha sido assassinado pode não ter sido só um palpite que a ironia do destino transformou em realidade, mas o subconsciente dela lembrando que tinha visto aquilo acontecer.
Terminando esse assunto de viagens no tempo, ficamos com a teoria da nossa heroína, que a capacidade de viajar no tempo pode ter a ver com o fato de alguém estar te esperando do outro lado. Se ela estiver certa, temos a possibilidade da Bree ir para o passado e conhecer o pai ou quem sabe a explicação daquela figura misteriosa, que parecia perturbadoramente com o Jamie, espiando a Claire pela janela lá no início da primeira temporada.
O último foco de mudança são os novos personagens, com destaque para o Lord John Grey, tá, na verdade ele não é completamente novo, já que tinha feito uma breve aparição na temporada passada, mas não sabíamos nada sobre ele e agora podemos ver o casaca vermelho que começou indiretamente possibilitando a sobrevivência do Jamie depois de Culloden, mas acabou caindo de amores pelo escocês (assim como todas nós) e tendo uma ligação linda e permanente com ele. Aliás eu torço para algum dia achar alguém que me olhe do mesmo jeito que o Grey olha para o Jamie.
Outros que merecem ênfase são Yi Tien Cho, com sua gentileza, incrível habilidade com as palavras e acupuntura, o Jovem Ian, que equilibrou humor e a incrível habilidade de atrair problemas, que claramente ele puxou do tio Jamie e Marsali, a coitada nem fez nada, mas já chegou carregando a antipatia do público só por ser filha da Laoghaire, provavelmente a personagem mais odiada de Outlander depois do Black Jack.
Agora é só esperar pela quarta temporada e ver o que ela guarda para nós e como esses personagens vão se comportar na América.
Desculpa se essa review ficou muito grande, mas é que essa temporada teve um roteiro tão cheio de detalhes e acontecimentos que não tinha como resumir mais do que isso.
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