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Review: Anne with an E 2° temporada


     A história dessa segunda temporada começa alguns meses depois do ponto aonde a primeira tinha terminado, com Gilbert rodando o mundo, tentando descobrir o que ia fazer da vida e Green Gables acolhendo dois pensionistas suspeitos.
     Falando em Gilbert, é por causa dele que conhecemos outro personagem, chamado Sebastian, que apresenta um problema que não tinha sido abordado pelo programa até o momento, o racismo, que é  mais claro no século XIX, aonde a escravidão ainda era uma lembrança bem viva.
     Eu já tinha elogiado o roteiro no texto de apresentação da série (que você pode ler aqui), mas nesse segundo ano os escritores conseguiram se superar, principalmente por fugirem de caminhos óbvios. O melhor exemplo disso foi justamente a história dos tais pensionistas: Primeiro porque eles não eram simplesmente ladrões que queriam pegar tudo que pudessem, na primeira oportunidade, mas sim golpistas experientes, que sabem como seduzir suas vítimas e escolhem a hora certa de agir. e ao contrário do que muitos roteiristas fariam, essa narrativa não é cheia de enrolações para que ela durasse desnecessariamente a temporada inteira. Outro drama esperado e que foi inteligentemente evitado nesse caso foi que os moradores de Avonlea  não tentaram colocar a culpa de serem enganados nos Cuthbert, eles aceitaram que tomaram a decisão que parecia melhor na época, e tem que lidar com as consequências disso.
     Uma frase que a Anne disse no último episódio resume bem a mensagem que esse segundo ano do programa quis nos passar: "Diferente não quer dizer pior, só não é igual". Existem pessoas com orientação sexual, raça, estilo de vida e culturas diferentes do sua, mas isso não quer dizer que você é melhor do que eles, e nem que um lado está certo e outro errado, só quer dizer que cada um é único e tudo bem, você tem que aprender a conviver com isso, e o melhor é que a série consegue dar esse recado de um jeito leve e natural.
     Esse texto é sobre a temporada como um todo, mas eu não pude deixar de citar alguns episódios específicos, como o da peça de teatro da escola, ou o da festa da tia Josephine, que de brinde ainda nos mostra um pouco de como a morte do outro irmão de Marilla e Matthew afetou a família e o já citado episódio final, aonde as crianças juntam forças para salvar o emprego da nova professora. Eles são tão lindos que é até difícil de explicar.
     Eu gostei mais da segunda temporada do que da primeira, que eu já tinha adorado e eu vou definir esses novos episódios como uma pacote lindo e fofo, cheio de personagens apaixonantes, momentos que aquecem o coração e mensagens importantes.

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